domingo, 30 de abril de 2023

29 de fevereiro

 29 de fevereiro


1798 - Morre o quinto governador de Mato Grosso



Falece em Vila Bela o quinto governador e capitão-general da capitania de Mato Grosso, João de Albuquerque Pereira e Cáceres, irmão e sucessor de Luiz Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres.

Nomeado por carta régia de 17 de outubro de 1788, assumiu a administração a 20 de novembro do ano seguinte. Muito moço para um cargo de tanta responsabilidade, a nomeação de João de Albuquerque originou-se principalmente do fato seguinte:

Tendo Luiz de Albuquerque reclamado por vezes a sua substituição e compreendido por fim que o governo da metrópole, se diretamente não lhe negava, também não lhe permitia o regresso, pois a tanto valia a nomeação de substituto e a recomendação expressa para aguardar a vinda deste, o que jamais se efetivava, resolveu ao cabo de dezesseis anos indicar o nome do próprio irmão para o governo da capitania.

Ao regressar para Lisboa, entregava ao seu substituto instruções completas sobre o estado da capitania, traçando-lhe a conduta e a maneira de se orientar no governo.

E tais instruções foram o guia eficaz de João de Albuquerque, que se não possuia a envergadura do irmão, tinha, no entanto, o bom senso deste.

Por motivo de seu falecimento, assumiu o governo da capitania uma junta composta do ouvidor Antonio da Silva Amaral, tenente-coronel Ricardo de Almeida Serra e o vereador Marcelino Rodrigues.

FONTE: Estevâo de Mendonça, Datas Matogrossenses,(2a. edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 111.

28 de fevereiro

 

28 de fevereiro


1858 - de Lamare assume o governo de Mato Grosso



Assume a presidência da província de Mato Grosso o chefe de divisão Joaquim Raimundo de Lamare, nomeado por carta imperial de 5 de setembro do ano anterior. Sobre ele e sua passagem pelo governo de Mato Grosso depõe o historiador:

Oficial de marinha distinto, com muita fé de ofício que vinha abrilhantando desde as lutas da independência, ao lado de Lord Cockrane a bordo da nau Pedro I, que comandava, ocupou depois posição de destaque no país, tendo sido o ministro da Marinha no gabinete Marques de Olinda, em 1852.

Em Mato Grosso governou com tino e moderação, conseguindo amortecer as rivalidades oriundas do espírito partidário. Promoveu o povoamento de Albuquerque, hoje Corumbá, mandando dividir e demarcar a área destinada à cidade e fazendo edificar ali os primeiros edifícios públicos. Em homenagem à sua memória, a respectiva câmara municipal deu o nome de - Rua de Lamare - à principal artéria da cidade.

Governou até 13 de outubro de 1859 data em que passou a administração ao tenente-coronel Antonio Pedro de Alencastro, e por falecimento do visconde do Rio Branco é escolhido para substituir no Senado aquele estadista, com representante de Mato Grosso.

FONTE: Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, 2a. edição, Casa Civil de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 110.

FOTO: Reprodução do livro O Forte de Coimbra, de Carlos Francisco Moura.




28 de fevereiro

1967 - Decreto demite Pedrossian da Noroeste



Castelo Branco demitiu o funcionário mas não cassou o governador
Governador eleito pelo PSD, em oposição ao candidato apoiado pela ditadura, Pedro Pedrossian sofre perseguição de seus adversários, inconformados com a derrota e com a sua crescente popularidade. O decreto a seguir desencadeou uma crise política no Estado que quase resultou no impeachment do governador:

O Presidente da República, tendo em vista o que consta do processo secreto SSN, no 470 de 1965, referente à Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, do Ministério da Viação e Obras Públicas, resolve: Demitir, de acordo com o artigo 207, itens I, VI e X da lei no. 1711, de 28 de outubro de 1952, Pedro Pedrossian, matrícula no 17.712, do cargo de engenheiro nível 22 do Quadro da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, do Ministério da Viação e Obras Públicas.
Brasília, 28 de fevereiro de 1967, 146 da Independência e 79° da República. aa- H. Castelo Branco, Juarez Távora.


Pelos preceitos violados, Pedrossian fora “demitido a bem do serviço público.” 



FONTE: Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembleia Legislativa, Cuiabá, 1967, página 343.


28 de fevereiro


2011 - Morre a primeira mulher conselheira do TC de Mato Grosso do Sul


A conselheira do Tribunal de Contas do Estado, Celina Martins Jallad, morreu no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde estava internada devido a aneurisma da aorta dissecante sofrido no dia anterior. Ela foi submetida a cirurgia, que terminou à meia-noite e faleceu às 5 da manhã. Celina Jallad nasceu em 11 de fevereiro de 1947 em Campo Grande. Foi deputada estadual por quatro mandatos pelo PMDB e era conselheira do TCE desde novembro passado. Bisneta de Bernardo Franco Baís, primeiro prefeito eleito de Campo Grande, neta do ex-senador Vespasiano Barbosa Martins e filha do ex-governador Wilson Barbosa Martins e de dona Nelly Martins, era casada há 43 anos com o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho, Abdala Jallad. Era professora e empresária e antes de se eleger deputada estadual, ocupou cargos de primeiro escalão no município de Campo Grande e no governo do Estado. Celina lutava contra o câncer de mama desde 2009. Deixa dois filhos. Veja no Vídeo o ato da posse de Celina Jallad no TCE, a 30 de novembro de 2010.




27 de fevereiro

 26 de fevereiro


1831 - Sublevação no Forte de Coimbra






Às oito horas da noite, amotina-se a guarnição de Coimbra, depondo o comandante, que é mandado preso para a localidade de Albuquerque.¹ A rebelião foi chefiada por elementos nativistas, que agiam em todo o Estado contra o predomínio político e econômico dos portugueses ou adotivos, desde a proclamação da independência em 1822. No mesmo ano houve manifestações semelhantes em guarnições militares de Casalvasco, forte Príncipe da Beira, Vila Maria e Cuiabá.² A Rusga, em Cuiabá, a 30 de maio de 1834 com dezenas de mortes, foi o ponto culminante do movimento.
 



FONTES: ¹Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2a. edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 108; e ²Walmir Batista Correa, História da violência em Mato Grosso, 1817-1840, Editora UFMS, Campo Grande, 1997, página 53.

26 de fevereiro

26 de fevereiro

1831 - Sublevação no Forte de Coimbra






Às oito horas da noite, amotina-se a guarnição de Coimbra, depondo o comandante, que é mandado preso para a localidade de Albuquerque.¹ A rebelião foi chefiada por elementos nativistas, que agiam em todo o Estado contra o predomínio político e econômico dos portugueses ou adotivos, desde a proclamação da independência em 1822. No mesmo ano houve manifestações semelhantes em guarnições militares de Casalvasco, forte Príncipe da Beira, Vila Maria e Cuiabá.² A Rusga, em Cuiabá, a 30 de maio de 1834 com dezenas de mortes, foi o ponto culminante do movimento.
 



FONTES: ¹Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2a. edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 108; e ²Walmir Batista Correa, História da violência em Mato Grosso, 1817-1840, Editora UFMS, Campo Grande, 1997, página 53. 

25 de fevereiro

25 de fevereiro

1866 - Expedicionários brasileiros atravessam o rio Negro

Rumo à Miranda, onde esperaria um ano até mudar-se para Nioaque e de lá para a fronteira, a força expedicionária brasileira, procedente de Coxim, transpõe o rio Negro. O relato é de Taunay, membro da comissão de engenharia e escritor da expedição:

No dia 25 de fevereiro, passamos o rio Negro numa pelota, transportando-nos para a sua margem esquerda, baixa, paludosa e coberta da mesma vegetação que já tínhamos observado do outro lado. Por espaço de que quarto de légua, nela lutamos com os obstáculos provenientes das enchentes do rio, sendo obrigados a novas passagens em pelota de corixas cheias de pyrisaes (lugares alagados) e à marcha em terreno sempre úmido e atoladiço. Abre-se depois o campo com cerrados ao longe, e achamo-nos na base da serra de Maracajú, que era o único meio de direção na procura da trilha que diziam ter sido aberta pelos fugitivos de Miranda, por ocasião da invasão deste distrito no ano passado. Com efeito avistávamos uma longa e continuada serrania que devíamos deixar à esquerda, fraldejando a sua aba e fugindo das águas que cobriam a estrada seguida no tempo seco até o rio Aquidauana.

FONTE: Taunay, Em Mato Grosso Invadido, Companhia Melhoramentos de S. Paulo, sd, São Paulo, página 116. 


25 de fevereiro

1867 - Tropas deixam Nioaque rumo à fronteira paraguaia



A RETIRADA DA LAGUNA - Composição de Álvaro Marins (Seth)


Um mês acampada em Nioaque, depois de longa permanência em Miranda, as forças brasileiras, sob o comando o coronel Camisão, finalmente, iniciam a marcha sobre a fronteira paraguaia. O tenente Taunay,economizou palavras para registrar o fato:

Arrancou a coluna a 25 de fevereiro de 1867, indo acampar a uma légua da vila, à margem do rio Nioaque. Logo que pudemos, visitamos o comandante. Tinha a barraca sobre um montículo pedregoso, a meio abrigado por palmeiras que tornavam aprazível aquele local. Estava agitado: já para o rancho da tarde faltava gado.



FONTE: Taunay, A retirada da Laguna, 14a. edição, Edições Melhoramentos, S. Paulo, 1942, página 41.



25 de fevereiro

1891 - Anuladas as eleições para a Constituinte estadual



Assumindo o governo a 15 de fevereiro, por decreto estadual, o coronel Frederico Sólon de Sampaio Ribeiro, anulou as eleições de 3 de janeiro, realizadas em ambiente conturbado, verificando-se “elevada abstinência, tanto na sede do governo como nas demais cidades, dos amedrontados eleitores republicanos e, destarte, triunfara o Partido Nacional”, do presidente Antônio Maria Coelho, demitido do cargo pela denúncia de prática de arbitrariedades, antes e durante o pleito eleitoral. 


FONTE: Estevão de Mendonça, Datas matogrossenses, (2a edição), Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 106

25 de fevereiro

1934 - Pane seca: acidente com avião da Condor entre Corumbá e Cuiabá

Aeronave da empresa Condor cai por falta de combustível no trajeto entre Cuiabá e Corumbá. É o segundo acidente em menos de três meses, conforme lamenta o Jornal do Comércio, de Campo Grande, em sua edição de 4 de março de 1934:










25 de fevereiro

1967 - Impeachment: Filinto defende Pedrossian


Filinto: senso de justiça e atitude coerente

Em carta ao seu sobrinho Gastão Müller, o senador Filinto Müller, assume a defesa do governador Pedro Pedrossian, que, sob a ameaça de cassação pela Assembleia Legislativa, sofria verdadeiro bombardeio da oposição e de setores de seu próprio partido, o antigo PSD:

(...) Todo o Mato Grosso sabe que defendi o Pedro das acusações que lhe eram feitas, não simplesmente porque era ele o nosso candidato, mas, essencialmente porque as considerava injustas, fruto do ódio, de despeito, de má fé. Como é que agora, quando os mesmíssimos inquéritos administrativos de há quase dois anos passados, sem tirar nem por, vêm à decisão final, posso eu ‘lavar as mãos’, recolher-me a uma atitude de indiferença? Essa não seria uma atitude digna. Se repudiei antes do pleito de 3 de outubro de 1965, tenho o dever de continuar a repudiá-las hoje. Não importam as consequências que eu possa vir a sofrer - como você imagina - por empenhar-me a fundo na defesa do Pedro e no repúdio aos inquéritos administrativos.


(...) O que importa é manter eu a coerência de atitudes que somente ela nos assegura o respeito próprio e, às vezes, o respeito dos demais... Admitindo, para argumentar, que o Pedro houvesse sido um carrasco para os nossos amigos, que houvesse desmandado no governo, que houvesse malbaratado a fortuna pública, ainda assim, eu continuaria a sustentar a atitude que mantive inalterada nestes dois anos quase, afirmando serem as acusações dos inquéritos administrativos do Ministério da Viação fruto de uma trama sórdida, uma iniqüidade, uma clamorosa injustiça. Estou certo de que você aplaudirá estas minhas atitudes. A esta hora você já terá lido, em mãos do Pinheiro, a exposição que fiz sobre o desfecho dos inquéritos. Você terá verificado, portanto, que mantive a minha coerência.




FONTE: Maria Manuela Renha de Novis Neves, Relatos políticos, Mariela Editora, Rio de Janeiro, 2001, página, 282.

 

24 de fevereiro

 24 de fevereiro


1914 - Morre Joaquim Gonçalves Barbosa Marques







Aos 71 anos, morre na Vacaria, Joaquim Gonçalves Barbosa Marques, o primeiro dos Barbosas a nascer na região dos campos de Vacaria, no Sul de Mato Grosso. Sexto filho de Inácio Barbosa Marques, o patriarca da família, casou em primeiras núpcias, com Flauzina Garcia e em segundas, com a viúva Maria Garcia Coelho, a dona Coelhinha, mãe de Laucídio Coelho. Foi sepultado no cemitério da fazenda Passatempo, então município de Campo Grande, depois Rio Brilante.


FONTE: Ledir M. Pedrosa, Origem histórica e bravura dos Barbosas, edição da autora, Campo Grande, 1980, página 118.





24 de fevereiro

1915 – Instalado o distrito de paz de Dourados



Os pioneiros: Em pé, o segundo, Josué Pires  ( filho de Marcelino Pires), Abílio de Mattos Carvalho, o quinto, Joaquim Rosário (escrivão) , João Pires e Antonio de Mattos Carvalho. Sentados: Armando Brum Mattos, Amandio de Mattos Pereira, Ponciano deMattos Pereira, Bento de Matos Pereira, Marcelino Pires e seu genro Paulo Hildebrand


Criado pela lei 658, de 15 de junho de 1914, é instalado o Distrito de Paz de Dourados, ligado ao município de Ponta Porã.

O ato está registrado nos anais da história da cidade:

Aos vinte quatro dias do mês de fevereiro do ano de mil novecentos e quinze, neste lugar denominado Patrimônio do Dourados, sede do distrito de paz do mesmo nome, em casa de propriedade do sr. Coronel Baltazar Saldanha, previamente designada, para nela funcionar a escrivaninha do juiz de paz, aí presentes os cidadãos majores Paulo Hildebrand e José Alves Leite, primeiro e segundo juizes de paz; cidadãos tenente-coronel Marcelino Pires Martins, majores Ponciano de Matos Pereira e Bento de Matos Pereira, sub-delegado de Polícia; pelo sr. primeiro juiz de paz, major Paulo Hildebrand foi dito que se ia proceder à instalação deste distrito criado pelo ato da lei número seiscentos e cinqüenta e oito da Presidência do Estado, datado de quinze de setembro de mil novecentos e quatorze, sendo seus limites os seguintes: a partir da mais alta cabeceira do Passa-Cinco, nas linhas retas à cabeceira mais próxima do rio Feio, por estes abaixo até a tromba da serra e passando essa ao Sul até encontrar o rio Apa, que é conhecido por Estrela; por este acima até o marco nacional que limita o Brasil com a República do Paraguai; daí seguindo ao Sul até confrontar com a cabeceira do ribeirão Santa Virgínia; por este abaixo até o rio Dourados; por este abaixo até o rio Brilhante; por este acima até a foz do rio Santa Maria; por este acima até a foz do ribeirão Passa-Cinco; por este acima até sua mais alta cabeceira. E convidado o segundo juiz de paz eleito, ambos em dois de novembro de mil novecentos e quatorze a tomarem assento nos seus respectivos lugares; o que foi feito declarou instalado o respectivo distrito. Em seguida usando da palavra em frases eloqüentes, os srs. major Ponciano de Matos Pereira e o cidadão capitão Leonel de Barros, congratularam-se com o povo pelo alto cometimento e concitou-os aqui unidos trabalhássemos pelo progresso deste rico distrito; encerrada em seguida a sessão mandou lavrar a presente ata que assinarão as autoridades e mais pessoas presentes. Eu, Joaquim do Rosário, designado para servir de secretário, escrevi e assino.


distrito de Dourados foi elevado a município em 20 de dezembro de 1935.


FONTE: Lori Gressler e Lauro J. Swenson, Aspectos históricos do povoamento e da colonização do Estado de Mato Grosso do Sul, edição dos autores, Dourados, 1988, página 73.

FOTO: extraída do livro Memória fotográfica de Dourados, de Regina Heloiza Targa Moreira.



24 de fevereiro

1924 - Indústrias Matarazzo em Mato Grosso

As Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, o maior complexo industrial do Brasil, decide criar uma subsidiária no Estado de Mato Grosso:

"O Conde de Matarazzo acaba de criar uma organização industrial denominada Indústrias Matarazzo de Mato Grosso com sede nesta cidade, para exploração de matérias primas e fábricas, tendo já estabelecido escritório aqui e iniciado a mensagem em Porto Jofre para aproveitamento de óleos animais e vegetais. Essa poderosa firma pretende estabelecer uma linha de navegação entre Corumbá e Santos, partindo dali, neste mês, o primeiro vapor da linha que tomou o nome de Mandioré".

FONTE: Correio do Estado (Cuiabá), 24/02/1924.



24 de fevereiro

1926 - Inaugurado em Campo Grande, o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora

É oficialmente inaugurado em Campo Grande o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em sua sede provisória num casarão cedido por dona Neta, na rua 26 de Agosto. A solenidade de abertura obedeceu ao seguinte programa:

"Dia 24 - às 8 horas, missa em ação de graças pela chegada das irmãs salesianas. Às 9 horas, reunião na casa que servirá de colégio, onde se fez uma sincera homenagem às Irmãs Salesianas, com os seguintes números: 1° - saudação em nome da juventude feminina da cidade, pela inteligente jovem Emilse Ferreira; 2° - em nome das jovens, saudará as irmãs, a senhorita Clotilde Rondon; 3° - em nome das filhas de Maria, a senhorita Oliva Enciso; 4° - pela Associação dos ex-alunos salesianos falará o doutor Adalberto Barreto. Encerrará a homenagem às Irmãs Salesianas o Revdo. Pe. João Crippa, pároco salesiano, congratulando-se com a população de Campo Grande. A banda de música do 18º Batalhão foi gentilmente cedida para a solenidade de sincera homenagem.

A execução de tal programa nos deixou verdadeiramente comovidas e maravilhadas; porque não era feriado, o povo não nos conhecia e, mesmo assim, a igreja estava repleta de pessoas da alta classe social campograndense.

Durante a Santa Missa os meninos do oratório dos salesianos cantaram hinos sacros. Logo após o término da Santa Missa, todos os fieis, em procissão, acompanharam a pequena imagem de Maria Auxiliadora e as Irmãs Missionárias até a nossa residência. Aí chegando se sucederam as declamações e os discursos, bem como as palavras do pároco salesiano, agradecendo a todos, em nome das Irmãs e convidando a juntos, dar um Viva a D. Bosco e a Maria Auxiliadora, protetora do colégio que ora se iniciava e que dela levará o nome".

A primeira diretora do educandário foi a missionária italiana Maria Oggero. O colégio passou a funcionar em sua sede própria somente em 1931.


FONTE: PENTEADO, Yara, Auxiliadora 70 anos, Gráfica e Editora Ruy Barbosa, Campo Grande, 1996.


24 de fevereiro

1950 - Nasce em Porto Murtinho, José Orcírio Miranda dos Santos





Filho de Orcírio dos Santos e Assunção Miranda dos Santos, nasceu em Porto Murtinho, José Orcírio Miranda dos Santos. Fez seus primeiros estudos em sua cidade natal, ingressando em seguida no Banco do Brasil e na carreira sindical, como fundador do Sindicato dos Bancários de Campo Grande. Entrou na política partidária em 1980, como fundador do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso do Sul. Em 1982 sofreu sua primeira derrota, como candidato a deputado estadual do PT. Em 1988, candidato a vereador em Campo Grande, já com a adoção do Zeca do PT, perdeu a eleição, apesar de ter sido um dos mais votados. O PT não alcançou o quociente eleitoral. Em 1990 é eleito o primeiro deputado estadual do Partido dos Trabalhadores do Estado.
 
Em 1992 candidata-se a prefeito de Campo Grande e perde a eleição. Em 1994 reelege-se deputado estadual. Em 96 volta a disputar a prefeitura de Campo Grande. Perdeu para André Puccinelli com uma diferença de 411 votos, na eleição mais disputada da história do município. Em 98 é eleito governador Estado, no segundo turno da eleição. Em 2002, reelege-se para mais um madato. Como governador, viabilizou sua gestão através dos fundos, com os quais implantou políticas sociais (FIS) e de infra-estrutura (Fundersul). 


Implantou com sucesso marcas do chamado jeito petista de governar, como a Bolsa-Escola, Banco do Povo e Bolsa Universitária; modernizou o sistema de arrecadação; concluiu obras importantes, como a ponte sobre o rio Paraguai, a pavimentação asfáltica para Bonito, Novo Horizonte do Sul e outras cidades e regiões e o edifício do fórum de Campo Grande. Reelegeu-se para um segundo mandato em 2002, derrotando em segundo turno, a deputada federal Marisa Serrano. Em 2010 tenta voltar ao governo e perde, em primeiro turno para o peemedebista André Puccinelli. Em 2012 elege-se vereador em Campo Grande, sendo o candidato mais votado com mais de 13 mil votos. Em 2014 elege-se deputado federal, sendo o mais votado do Estado.

FOTO: acervo do Partido dos Trabalhadores.

23 de fevereiro

 23 de fevereiro


1870 - Corumbá recebe o frei Mariano



Procedente de Cuiabá, onde foi nomeado vigário de Corumbá, chega à cidade, frei Mariano de Bagnaia. Seu retorno ao Sul do Estado, foi noticiado no Rio de Janeiro:

MATO GROSSO - Comunicam-nos de Corumbá, que àquela vila chegara no dia 23 de fevereiro p.p. o missionário apostólico Frei Mariano de Bagnaia.

O ilustre missionário teve uma recepção estrondosa. Desceu ao porto o batalhão com toda sua oficialidade e música e rodeado de imenso povo a recebê-lo. A alegria e o júbilo enchiam todos os corações e se manifestavam em todos os semblantes pelo feliz regresso do incansável missionário.

Altos juízos de Deus! cinco anos antes, da vila de Miranda, hoje arrazada e deserta, o mesmo missionário escoltado por 25 soldados paraguaios era levado prisioneiro para o Paraguai, onde sofreu um longo e cruel martírio! Cinco anos depois, na vila de Corumbá era Frei Mariano escoltado por 25 músicos de batalhão que o recebiam em triunfo! "...Cum ipso sum in tribulatione...Quoniam in me speravil, liberabo eum (Ps 90)".

O primeiro cuidado de Frei Mariano apenas chegado, foi reconstruir e reconciliar a igreja da vila, que fora arrasada pelos paraguaios, cometendo até dentro dela um assassinato e servindo-se da madeira para fazerem trincheira.

A reconciliação foi feita com toda pompa e solenidade, havendo missa cantada e Te-Deum, cuja música foi dirigida pelo distinto coronel Hermes, comandante daquela fronteira, que muito tem coadjuvado as obras da igreja.

Pregou Frei Mariano e tomou por tema do sermão a história de Neemias, cuja analogia ao caso não podia ser mais perfeita.


FONTE: O Apóstolo (RJ), 15 de maio de 1870.



23 de fevereiro


1911 - Construção do paço municipal de Campo Grande


Vista para a atual avenida Afonso Pena, esquina Calógeras

Os construtores Amando de Oliveira e Antônio Gonçalves Fagundes firmam contrato com a Intendência Municipal para construção do edifício da Intendência, da Câmara Municipal e da cadeia pública.
O prédio deveria obedecer às seguintes especificações:


a) 16 metros de frente x 8 m de fundo e 3,80 m de pé direito e mais 0,80 de platibanda;


b) sete compartimentos assoalhados e formados de madeira de lei, devendo as prisões serem assoalhadas de pranchões de cerne e ter no mínimo 0,10 de espessura;


c) alicerces em alvenarias de pedras, que se elevará até o nível do assoalho, de onde se iniciará a alvenaria de tijolos, devendo os alicerces das prisões terem 50 cm mais do que os outros.


d) cobertura de telhas de boa qualidade, assentadas em caibros e ripas serradas e de madeira de lei;


e) amarramentos e vigamentos de madeira de cerne;


f) rebocada com cal e areia e caiada internamente, acimentadas as molduras da frente.


g) pintura a óleo e com duas mãos de tinta em todas a portas e janelas, bem como as paredes interiores serão caiadas;


h) passeio de pessoas de tijolos na largura de 1,50 m na frente do edifício;


i) janelas e portas exteriores com 2 folhas de almofadas, sendo também envidraçadas, com 2 folhas cada uma, as janelas destinadas para o paço municipal;


j) as janelas das prisões levarão também grades de ferro;


k) as paredes laterais terão de espessura: das prisões, no mínimo 40 cm e das demais 27 cm e a interiores: das prisões, 27 cm e das demais 15 cm.
O pagamento dos 20 contos de réis aos contratados, preço e quantia para o que propuseram a execução das referidas obras será em quatro prestações iguais: 1a. no respaldo dos alicerces; 2a no respaldo das paredes; 3a depois de coberta; e 4a na entrega do edifício.” 


Inaugurado dois anos depois à Avenida Marechal Hermes (atual Afonso Pena) esquina com a Santo Antônio (Calógeras), o prédio abrigou a prefeitura e a Câmara Municipal até meados da década de 70, quando foi vendido e domolido pelos novos proprietários. Atualmente (2014) funciona no local uma agência do Bradesco. Não se tem notícia de que no local tenha funcionado a cadeia de que trata o referido contrato.


Pela municipalidade assinou o documento, o intendente geral do município, José Santiago.


Antes da construção do prédio, a prefeitura funcionava na casa do prefeito, onde eram realizadas também as reuniões da câmara municipal.


FONTE: Arquivo Municipal de Campo Grande (Arca), Livro de contratos da Intendência de Campo Grande, livro 126 b
FOTO: Album Graphico de Matto-Grosso, Corumbá-Hamburgo, 1914.




23 de fevereiro

1964 - Iniciada a linha de transmissão entre Jupiá e Campo Grande




Usina de Jupiá em construção



Com a inauguração da primeira torre entre Três Lagoas e Campo Grande, chega ao Sul de Mato Grosso o marco inicial da energia hidrelétrica da usina de Jupiá, a primeira do complexo de Urubupungá. Ao ato, presidido pelo governador Fernando Correa da Costa, compareceu o representante do governador de São Paulo (Ademar de Barros) e da Celusa (Centrais Elétricas do Urubupungá S/A), José Aflalo Filho, que discursando na ocasião, ressaltou a importância do empreendimento em seus aspectos sócio-econômicos, com destaque para a questão industrial:

"No momento em que a mais grave crise de energia elétrica ronda ameaçadoramente diversos estados da União, impondo racionamentos e medidas outras tendentes a evitar um colapso total, rejubila-se o Estado de São Paulo em vir trazer aos matogrossenses este marco que significa, praticamente, para a região sul deste grande Estado, imprescindível fator de progresso.

"Na verdade, a entrada em operação da usina de Jupiá, em construção pela Centrais Elétricas de Urubupungá S/A - CELUSA, prevista para 1966, e a construção da linha de transmissão Jupiá-Mimoso-Campo Grande, que hoje iniciamos, são elementos que, com certeza, nos asseguram aquela previsão.

"Não poderia, entretanto, falar nesses empreendimentos sem ressaltar a atuação do ilustre governador de São Paulo, dr. Ademar de Barros. Eles, nos dias de hoje, são entusiásticas realidades graças ao descortínio de S. Exa. que, deixando de lado egoísmos regionais, compreendeu perfeitamente o significado de Urubuoungá.

"Essa obra que irá beneficiar toda a região Centro-Oeste do país, ou melhor, seis estados da federação - Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e São Paulo - mereceu do governador Ademar de Barros toda especial atenção, tanto assim que, mesmo da difícil conjuntura econômica por que atravessa a Nação, tem dado todo o apoio financeiro às usinas do conjunto Urubupungá. Sim, porque além de Jupiá, o timoneiro dos paulistas, com sua larga experiência administrativa, já tomou as primeiras providências para o início da hidrelétrica de Ilha Solteira.

"Por outro lado, esta linha de transmissão, situada neste Estado, trazendo benefícios unicamente para Mato Grosso, nem por isso deixou de merecer todo o interesse de S.Exa., que não só autorizou a sua imediata construção como também desejou estar presente a esta festa comemorativa como marco de uma nova era de progresso.

"Justifica-se nossa alegria por esta comemoração. Velha e justa aspiração do Estado de Mato Grosso hoje se torna realidade.

“Os anseios dos nossos laboriosos irmãos mato-grossenses têm a sua razão de ser. No setor industrial, mormente no da metalurgia a existência de energia abundante acentua a instalação de indústrias pesadas. Esta tendência, já manifestada em São Paulo desde 1940, com a criação dos parques industriais de Moji das Cruzes, Taubaté, Sorocaba e Piracicaba, com as usinas e fábricas em funcionamento, é prova insofismável. Em Corumbá, por exemplo, já existe um alto forno a carvão de madeira, que opera minério de ferro e manganês de Urucum. Com energia abundante, novas indústrias siderúrgicas florescerão nesta vasta região, até hoje tolhida em seu anseio de expansão pela falta deste elemento de infra-estrutura.


"Quanto aos aspectos econômico-sociais, deve-se assinalar que ao longo desta linha de transmissão se dará, futuramente, a completa integração dos que aqui vivem.

"Foi tendo em vista estes aspectos que o Exmo. governador de Mato Grosso, Fernando Correa da Costa tornou-se um dos grandes baluartes na luta pela construção do conjunto de Urubupungá, que uma vez realizado, concretizará a sua previsão consubstanciada na reunião de 1951 dos governadores da Bacia do Paraná e da indicação em 1955, que pedia para a construção de Urubupungá a prioridade nas atividades da Comissão Interestadual que representa os estados que a compõem.

"Ainda o ilustre homem público que dirige os destinos de Mato Grosso fez deste Estado o terceiro acionista da CELUSA, circunstância que hoje tem a consequência deste benefício."


A energia de Urubupungá chegaria a Campo Grande antes do final do década. 



FONTE: revista BRASIL OESTE, n° 90. Página 22

 



23 de fevereiro


2011 - Murilo Zauith toma posse na prefeitura de Dourados


Escolhido em eleição extraordinária, para preencher a vaga deixada com a renúncia do prefeito Ari Artuzi, assume a prefeitura de Dourados o ex-vice-governador Murilo Zauith (DEM) e sua vice Dinaci Ranzi (PT). O ato foi prestigiado pelo governador André Puccinelli. O mandato será encerrado no dia 1° de janeiro de 2012. Veja o discurso de posse do novo prefeito.



FONTE: o autor, com vídeo de Maurício Nantes cedido pela viamorena.com

30 de junho

  30 de junho 1791  –  Guaicurus recebem carta patente Guaicurus, os senhores do Pantanal Os chefes guaicurus Queima e Emavidi Xané são agra...