1826 - Langsdorff prevê futuro promissor para Camapuã
O conde de Langsdorf, chefe da expedição científica russa, após alguns dias na fazenda Camapuã, onde permaneceu o tempo suficiente para reabastecer-se para a longa viagem à Cuiabá, após criticar a atual administração da propriedade, previu um futuro bastante promissor para a localidade:
Mesmo que, futuramente, venham a abrir a navegação pelo Sucuriu, a fazenda Camapuã será sempre um ponto importante de apoio para o comércio interno. Ela poderia funcionar como um centro de exportação de vários produtos, inclusive açucar e algodão cru. Aqui se deveria praticar, em larga escala, todos os tipos de pecuária, o que garantiria grande produção de leite, manteiga e queijo. Mas a criação de cavalos e mulas poderia também ser muito lucrativa. Bois, vacas, cavalos e mulas criados aqui poderiam ser vendidos em Goiás com boa margem de lucro, tendo em vista o alto preço desses animais na província sulista de São Paulo.
Mais adiante, Langsdorff, com espírito crítico à gestão da fazenda, adverte e sugere:
Caso uma colônia viesse se estabelecer aqui, o governo deveria cuidar para que os recém-chegados não fossem motivo de chacota por parte do administrador ou comandante. Entre os artesãos, deveria haver necessariamente um bom construtor de moinho, um carpinteiro, um ferreiro e um serralheiro. As carroças e carretas deveriam ser fabricadas de acordo com a medida europeia (o pé), ou então que se trouxessem carretas europeias já prontas.
Por fim, o conde propõe aproximação dos moradores com os índios:
Os vizinhos Caiapós, se recebessem tratamento realmente humano, poderiam ser de grande serventia para o estabelecimento. Aumentariam a população do lugar e ajudariam na construção de fábricas. Logicamente com os mais velhos seria mais difícil de trabalhar, mas as crianças poderiam ser facilmente conduzidas para uma vida civilizada.
FONTE: Georg Heinrich von Langsdorf, Os Diários de Langsdorff (volume II) Editora Fio Cruz, Rio de Janeiro, 1997, página 294.
10 de novembro
1916 – Caetano de Albuquerque não reconhece decisão legislativa
Em conflito com a Assembleia Legislativa que, alegando falta de segurança em Cuiabá, funciona em Corumbá, o presidente general Caetano de Albuquerque, rejeita intimação para depor perante os deputados, no processo de cassação que lhe é movido, “alegando não reconhecer os atos da Assembleia, dizendo que ela funciona inconstitucional e tumultuadamente”.
FONTE: Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembleia Legislativa, Cuiabá, 1967, página 109.
10 de novembro
1961 - Pedrossian assume direção da Noroeste do Brasil
O engenheiro Pedro Pedrossian, funcionário de carreira da empresa, assume a superintendência da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB), em Bauru:
"O sr. Pedro Pedrossian, elemento dinâmico e de larga visão administrativa, espera operar dentro da NOB, radical mudança de caráter progressista, apoiado em estudos e longa prática adquirida nos anos de serviços prestados como ferroviário. O sr. Pedro Pedrossian, natural de Miranda, Estado de Mato Grosso, goza da estima e consideração de todos os ferroviários da NOB e sua posse, motivo de júbilo geral pelo comércio e indústria de toda a região servida pela ferrovia, bem como no seio de toda a família ferroviária".
Pedrossian exerceu antes de chegar à superintendência da NOB, a assessoria da Presidência e chefe do Setor de Fomento e Recuperação de Transporte da Rede Ferroviária Federal.
Sua gestão foi a mais profícua da companhia, relevando-se a substituição das antigas máquinas a vapor (maria fumaça) pelas locomotivas Diesel. A repercussão de sua administração valeu sua inserção à política.
FONTE: O Jornal (RJ), 11 de novembro de 1961.
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