segunda-feira, 30 de outubro de 2023

26 de novembro

26 de novembro

1908 - Autoridades de Bela Vista apelam contra Bento Xavier

Em carta enviada ao coronel José Alves Ribeito, o coronel Jejé, em Aquiauana as autoridades constituídas de Bela Vista pedem socorro ao governo do Estado para a situação daquele município, invadido por forças do coronel Bento Xavier:

Bela Vista, 26-11-908

Coronel José Alves Ribeiro.

Aqui reunidos numerosos amigos diversas localidades Sul do Estado.

A situação que tão bem se afirmava depois das providências do governo expulsando deste rico e próspero território os desordeiros chefiados pelo caudilho Bento Xavier, foi-se afrouxando com a retirada da maior parte dos contingentes destacados na fronteira e terminou pela nova invasão que espalhou o pânico e a desordem por toda parte.

Por falta de garantias e de apoio material, todas as autoridades locais, tanto judiciárias como administrativas e policiais, tiveram de fugir, abandonado suas famílias, seus domicílios e os cargos públicos que ocupavam. 

Todos os cidadãos conservadores e amigos da ordem, obedientes às leis e ao governo, foram obrigados a correr espavoridos, percorrendo longas distâncias a pé, pelos matos, pelos pântanos, seguindo alguns até Corumbá, em busca de um canto onde a desordem e as depredações ainda não tivessem chegado.

Os comerciantes obrigados a abandonar suas casas com mercadorias, à disposição dos assaltantes, e os fazendeiros ainda uma vez foram roubados, sendo-lhes subtraídos grande quantidade de boiada e cavalhada.

A justiça deixou de ter servidores, a administração inteiramente suspensa; tudo perturbado, tudo em desordem.

 As próprias eleições municipais e estaduais não tiveram lugar na época legal, devido ao império do arcabuz. É certo que o governo não podia ser nem mais enérgico, nem mais solícito; entretanto, a grande distância, a enorme dificuldade dos transportes, deram lugar a que, durante 40 dias, permanecesse a deplorável situação narrada.

Temos refletido maduramente sobre as condições em que nos encontramos, e concluímos sempre sobre a necessidade de abandonar definitivamente as nossas propriedades.

 Todos os proprietários, industriais, comerciantes e fazendeiros desta região estão convencidos de que a anarquia, o desrespeito à propriedade e a falta de garantias à vida dos cidadãos vai se constituindo um regime definitivo nestas paragens.

Que fazer diante disso? Não se trata de uma questão política que se poderia solver por um acordo; o que ocorre aqui é o desacato, o roubo e a selvageria, cometidos por bandos que certos da impunidade, lançam-se resolutamente a atacar os cidadãos a altas horas da noite, de bacamarte, espingardeando os indefesos, mutilando os que pretendem opor-lhes resistência e roubando às escâncaras para irem banquetear na vizinha República do Paraguai, onde hoje se encontram reunidos em grande número armado, festejando com as próprias autoridades vizinhas, a data da independência dessa desorganizada República.

Nesta conjectura, só resta um alvitre: - é apelarmos para o benemérito governo do coronel Pedro Celestino, nossa última esperança.

Pedimos providências capazes de permitir aos habitantes do sul o seu regresso aos lares. Parece-nos que essa providência só pode ser a criação de uma sub-chefia de polícia apoiada com força capaz. Essa sub-chefia, porém, de nada servirá se o governo não nomear pessoa na altura do cargo e da situação, que exigem energia e força.

Sabemos que o governo e o emérito chefe político depositam a máxima confiança no dr. Brandão: pois bem, os nossos votos coincidem nesse mesmo ilustre e abnegado amigo. Assim pois lhes comunicamos os nossos de como pensamos. Se estiverdes de acordo, rogamos em nome do povo das comarcas do sul, apresentar este ao ex.mo sr. presidente do Estado, rogando pronta resposta.

Abraços. - Zózimo F. Gonçalves, Atanásio de Almeida Melo, Eduardo Peixoto, Oscar de Souza, Clemente Gonçalves Barbosa, José Martins Barbosa, João Crisostomo de Moraes, Antonio Gomes, Tenente Arruda, filho, Justino Leite da Silva, Candido Pinheiro, Ernesto Vilas Boas, Gabriel de Almeida, Bernardino F. Lopes, Antonio Diogo Garcia de Sousa, Afonso Loureiro e Militão Loureiro.14

  FONTE: O Autonomista (Corumbá), 02-01-1909

 

26 de novembro


1922 - Desfalque milionário na alfândega de Corumbá

Sob o título "Peculato", jornal da capital publica a seguinte notícia:

"Encontra-se preso por ordem do dr. Manoel Paes de Oliveira, Delegado Fiscal, o tesoureiro da alfândega de Corumbá contra quem foi verificado um desfalque de 67:427$000.

Já foram tomadas todas as providências no sentido de serem penhorados os bens que porventura possua o responsável e impedida qualquer alienação que pretenda fazer, medidas essas solicitadas da Procuradoria da República junto ao Juízo Federal.

O sr. Delegado Fiscal, de acordo com a solicitação que fez ao sr. Ministro da Fazenda, já designou o sr. 1° secretário Anselmo Liberato de Oliveira para proceder a tomada de contas do acusado afim de ser apurado o seu alcance integral, devendo esse graduado funcionário seguir na primeira oportunidade para a vizinha cidade. Em virtude desse desfalque está aberto na referida Alfândega rigoroso inquérito para apurar todos os responsáveis e corresponsáveis. Ainda em virtude de crime de peculato o sr. Delegado Fiscal remeteu ao Juízo Federal, por intermédio da Procuradoria da República, a tomada de contas do ex-coletor federal federal de Aquidauana Manoel de Castro Pinto, que se acha preso nesta capital, cuja responsabilidade foi totalmente apurada, continuando a serem tomadas as contas dos ex-coletores Humberto Coutinho e Manoel Dias de Pinho, respectivamente de Ponta Porã e Campo Grande e que se acham foragidos na República do Paraguai, a fim de ser contra os mesmos e a sua revelia instaurado o respectivo processo criminal. Todos esses trabalhos de tomada de contas estão confiados a competência do respectivo escriturário".

FONTE: O Matto-Grosso (Cuiabá), 26/11/1922.

26 de novembro

1937: Brasil-Bolívia: assinado protocolo de transporte e petróleo

Os ministros das Relações Exteriores do Brasil e da Bolívia firmam em La Paz, protocolo sobre construção de ferrovia e incremento ao comércio de petróleo entre os dois países:

"O protocolo compreende a aprovação das conclusões e recomendações da Comissão Mista, constituída de representantes dos dois países. Baseando-se nos mesmos, os dois países se comprometem a negociar um acordo que regulamente a execução do tratado de 25 de dezembro de 1928, sobre a construção da estrada de ferro entre Brasil e Santa Cruz. Negociarão também um tratado destinado a regular a saída e o aproveitamento do petróleo boliviano pelo Brasil. Os dois governos deverão apressar os estudos da Estrada de Ferro de Santa Cruz até um ponto entre Corumbá e Porto Esperança. A Comissão Mista de técnicos ferroviários iniciará dentro de 60 dias os estudos. O Brasil adiantará os recursos para as despesas gerais, dos quais metade será reembolsada pela Bolívia.

A Comissão Mista, encarregada da questão do petróleo, começará os estudos dentro de 60 dias, fazendo sondagem para determinar o valor da zona petrolífera de Parapety, no Norte. As respectivas despesas estão orçadas em um milhão e 500 mil dólares. Os dois governos facilitarão os trabalhos das comissões ferroviárias e petrolíferas".

FONTE: Correio Paulistano, 27/11/1937. 


26 de novembro
 
1959 – Janistas de Campo Grande contra a renúncia do candidato


O ex-governador Jânio Quadros, favorito à sucessão de Juscelino Kubsticheck, decide desistir da candidatura no início da campanha. Correligionários de todo o Brasil empreenderam uma verdadeira cruzada contra a renúncia, o que pesou em sua reconsideração. 

De Campo Grande, o futuro presidente da República recebeu do Centro Cívico Jânio Quadros o seguinte telegrama:

Surpreendidos comunicados radiofônicos, noticiando renúncia candidatura presidência da República, apesar alheios motivos vos forçaram tão séria decisão, apressamos externar V. Exa. nossa profunda decepção, grandes aborrecimentos diante impacto veio nos ferir esta altura acontecimentos, quando já conduzimos bandeira redenção nossa pátria representada Vosso digno nome acerca um ano. Fazemos apelo V. Exa. reconsidere ato assumindo comando todos janistas brasileiros, vosso nome representa esperança nossa gente, certeza vitória e segurança dias melhores nosso malfadado Brasil. Confiamos decididamente espírito patriótico de V. Exa. nessa hora grave nossa existência não recuarás diante imposição de grupos ou cúpulas políticas, não representam verdadeiros anseios homens de bem deste país.


Cordialmente,
Dr. Ladislau Marcondes, presidente Centro.


domingo, 29 de outubro de 2023

31 de outubro

 31 de outubro



1883 - Morre em Corumbá filho de revolucionário pernambucano


Faleceu em Corumbá, onde servia no no Batalhão de Artilharia a Pé, o tenente Pedro Ivo Veloso da Silveira. Combatente na guerra do Paraguai, era filho de Pedro Ivo, combatente da Cabanagem no Pará (1835) e líder da revolução praieira, no Recife (1848). O fato foi sintetizado pelo primeiro jornal de Corumbá:

"Passamento - No dia 31 de outubro último, pelas 5 horas da tarde, deixou de existir o 1° tenente do 3° batalhão de artilharia a pé Pedro Ivo Veloso da Silveira.

Portador de um nome ilustre, pelo sacrifício de um brasileiro, verdadeiramente amigo do seu país e que soube levar ao extremo a sua abnegação por ele, sustentando com a coragem de herói de suas opiniões; era o sr. 1° tenente Pedro Ivo V. da Silveira, um moço dotado de qualidades, que o tornavam digno da estima de seus camaradas e de seus concidadãos em geral.

Em suas veias corria o sangue, todo brasileiro, de seu progenitor, porém, isolado desde muito jovem e sujeito aos vaivéns do labirinto que se chama mundo, sem apoio e sem guia, o sr. tenente Pedro Ivo experimentou completa modificação na energia que herdara. Era muito brasileiro também, o que demonstrou com bons serviços que prestou na campanha do Paraguai, e digno de muita estima; excelente pai de família e bom amigo. Paz à sua alma".


FONTE: O Iniciador(Corumbá) 4/11/1883.


31 de outubro
 
1874 – Monumento aos heróis de Laguna



Taunay consegue a ordem para erigir monumento à memória do coronel Carlos Camisão e do tenente-coronel Juvêncio Cabral de Meneses no lugar em que haviam sido sepultados nas proximidades da fazenda Jardim. A ordem foi cumprida, segundo o seguinte boletim:

No. 440 – Comissão de limites entre o Brasil e o Paraguai. Assunção, 31 de outubro de 1874 – Ilmo. Exmo. sr. – O monumento à memória dos beneméritos comandante e imediato das forças brasileiras que operaram no sul de Mato Grosso, acha-se levantado à margem esquerda do rio Miranda, junto ao Passo do Jardim, no alto de uma colina e a 16 léguas do passo de Bela Vista, no Apa – É de mármore e a sua base de pedra e cal – A lápide que está assentada em plano inclinado, sobre quatro peças também de mármore, olha para a estrada da retirada das forças, que passa a 50 metros de distância.


Contém a seguinte inscrição:


À memória dos beneméritos coronel CARLOS MORAES CAMISÃO e tenente-coronel JUVÊNCIO MANUEL CABRAL DE MENESES comandante imediato das forças em operações ao sul desta Província, falecidos em 29 de maio de 1867, na memorável retirada das mesmas forças, o Governo Imperial mandou erigir este monumento em 1874.


Carlos Moraes Camisão e tenente-coronel Juvêncio Manuel Cabral de Meneses, comandante e imediato das forças em operação ao sul desta Província, falecidos em 29 de maio de 1867, na memorável retirada das mesmas forças, o Governo Imperial mandou erigir este monumento em 1874.

O coronel Rufino Enéas Gustavo Galvão, encarregado pela construção dos jazigos em parte ao ministro da Guerra, dá detalhes:

As sepulturas estavam intatas e não tinham sido abertas, como me informaram; foram reconhecidas pelo sobrinho do falecido prático José Francisco Lopes, Gabriel Lopes, que mora atualmente na fazenda do Jardim e acompanhou as forças.

O monumento está dividido interiormente em dois compartimentos, contendo um os restos do comandante, o outro do imediato. Assinala este compartimento um frasco dentro do qual se acha um castelo de metal dourados, que mandei colocar ao lado dos ossos, como distintivo da corporação a que pertenceu o ilustre finado.

No outro compartimento mandei colocar uma granada de calibre 4, La Hitte, que aí encontrei, como distintivo da arma do distinto comandante das forças.
Ao lado do monumento, mandei fazer uma sepultura de pedra e cal e nela foram depositados os restos do destemido prático das forças, José Francisco Lopes, conforme os desejos de sua viúva.

Entre os dois jazigos fiz construir outro e nele encerrar os ossos que se achavam espalhados de outros bravos ali falecidos.
Mandei cercar as sepulturas com mourões e levantar no vértice da construção uma grande cruz de madeira de lei.

Pequeno cemitério assinala, pois, esse remoto lugar, onde sucumbiram tantos valentes defensores da Pátria. 

Em 31 de dezembro de 1938, foi inaugurado pelo presidente Getúlio Vargas o monumento aos heróis de Laguna e Dourados, na praia Vermelha, no Rio de Janeiro.

FONTE: Taunay, MemóriasEdições Melhoramentos, São Paulo, 1946, página 257




31 de outubro

1895 - Fundado do Partido Autonomista de Nioaque


Vicente Anastácio, o presidente do Partido Autonomista de Nioaque


Dissidentes do partido republicano, do coronel João Ferreira Mascarenhas, fundam o partido autonomista de Nioaque. O primeiro diretório teve a seguinte composição: presidente Vicente Anastácio, vice João Caetano Teixeira Muzzi, secretário João Antonio da Trindade e membros João Rodrigues de Sampaio, Augusto Nunes Ferraz, Joaquim César e Joaquim Gonçalves Barbosa Marques. 

Da eleição para a intendência, realizada nesse mesmo ano, o partido concorreu com seu filiado Rodrigues de Sampaio, que conseguiu 44 votos. O vitorioso foi o republicano Cláudio Gomes, que obteve 455 votos.¹

Ao Partido Autonomista de Nioaque vários autores atribuem a defesa da divisão do Estado. Na verdade, o que se tem é que seus dirigentes terminaram protagonizando conflito bélico contra o líder João Ferreira Mascarenhas, aliado do governo estadual. Não se sabe as razões da disputa entre os dois grupos, tendo-se como desfecho a derrota do partido autonomista, segundo a versão oficial:

Chegando ao me conhecimento que entre os partidos - autonomista e republicano popular - em que se dividiu a política local, dirigido o primeiro pelo cidadão Vicente Anastácio e o segundo pelo coronel João Ferreira Mascarenhas, estava iminente um encontro, e que bandos de homens armados de uma e outra parcialidade percorriam a comarca causando sobressaltos e alarmando seus pacíficos habitantes, fiz seguir para ali, em comissão, o desembargador Antonio Fernandes Trigo de Loureiro, nomeado chefe de polícia, com instruções especiais que o caso exigia, e acompanhado de força que garantisse sua autoridade para sindicar daqueles fatos, abrindo inquérito afim de conhecer a quem cabia a sua responsabilidade e tomando outras providências que a gravidade dos acontecimentos e o seu elevado critério aconselhassem na ocasião para restabelecer a ordem, o que conseguiu aquele distinto magistrado, desempenhando cabalmente a árdua missão que lhe fora confiada.

A dificuldade de mobilizar prontamente força do corpo da polícia militar, que continua desfalcado, para acudir a segurança de ordem em municípios distantes da capital, como aquele, sem via regular de comunicação, não permitiu que fossem em tempo tomadas providências para evitar encontros, dos quais resultaram perdas de algumas vidas.

Ao chegar a Nioaque já encontrou o chefe de polícia a vila em poder do coronel Mascarenhas, tendo a maior parte dos autonomistas, incriminados e responsáveis, se refugiado na república do Paraguai, onde permanecem.²

FONTE: ¹O Matto-Grosso (Cuiabá), 8 de dezembro de 1895; ²Preside Antonio Correa da Costa, mensagem à Assembleia Legislativa, (Cuiabá) 1° de fevereiro de 1897, página 4.

FOTO: Extraída do Album Graphico de Mato Grosso (1914).


31 de outubro

1912 – Inaugurado matadouro de CG


V

É inaugurado em Campo Grande o primeiro matadouro público da cidade. Conforme constata Edgard Zardo, era “preocupação da municipalidade a questão da carne, que provinha das reses abatidas nas chácaras e fazendas próximas e era transportada em carretas ou carroças abertas e sem condições higiênicas, vendida nas residências”. Com efeito, foi autorizada a construção do primeiro matadouro de Campo Grande, concessão dada a Nicola Verlangieri, inaugurado nessa data. Verlangieri fica pouco tempo à frente do mesmo, devolvendo-o à intendência, que passou a operá-lo sob a denominação de Matadouro Público Municipal, localizado nas proximidades da confluência do Prosa e o Segredo, onde passou a funcionar a sede central do Instituto Mirim, na avenida Via Morena.


FONTEEdgard Zardo, De Prosa e Segredo Campo Grande Segue seu Curso, Funcesp/ Fundação Lions, Campo Grande, 1999, página 50.



31 de outubro
 
1916 – Caetananda: militares garantem decisão judicial


Chega a Corumbá expedição militar enviada pelo governo federal para garantir a ordem de hábeas-corpus concedida à Assembleia Legislativa, que instalada provisoriamente nessa cidade, travava disputa com o presidente Caetano de Albuquerque, no episódio que entrou na história como Caetanada. A força era comandada pelo general Luis Barbedo. 


FONTE63 - Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 233.



31 de outubro


1943 - Inaugurado o Educandário Getúlio Vargas em Campo Grande





Foi inaugurado em Campo Grande o Educandário Getúlio Vargas, destinado aos filhos de portadores de hanseníase, como suporte na área de manutenção e ensino, ao sanatório São Julião, inaugurado em 1941 pelo presidente Getúlio Vargas. O assunto foi notícia na imprensa nacional:

CAMPO GRANDE, 3 (Asapress) - Foi solenemente inaugurado o "Educandário Getúlio Vargas", construído pela Sociedade de Assistência aos Lázaros e Defesa Contra a Lepra. Destina-se esse estabelecimento a recolher, manter e educar os filhos dos leprosos. Com uma capacidade de 200 leitos, nele serão abrigadas as crianças de até 18 anos. A sua construção foi iniciada em 1940, após uma campanha que rendeu 531.000,00 cruzeiros. A construção custou um milhão de cruzeiros, tendo o governo federal contribuído com o restante. Foram inaugurados os retratos do presidente da República, do ministro da Educação e do interventor Júlio Müller.

A solenidade contou com a presença da sra. Eunice Weaver, presidente da sociedade, provedora da obra inaugurada.


FONTE: jornal A Manhã (RJ), 4 de novembro de 1943.

30 de outubro

30 de outubro

1834 - Governo prende responsáveis pela Rusga




Por delação de Poupino Caldas, fundador e dirigente da Sociedade Zelosos da Independência, e governador do Estado por ocasião da Rusga, o governador Antonio Pedro de Alencastro prendeu os suspeitos de cabeças da revolta contra os portugueses e outros estrangeiros em Cuiabá.

São detidos: dr. Pascoal Domingos de Miranda, juiz de direito, Braz Pereira Bendes, professor de Lógica, Jacinto de Carvalho, promotor público, Bento Franco de Camargo, José Alves Ribeiro, Euzébio Luis de Brito, professor de primeiras letras e ajudante do batalhão e Antonio F. Mendes.

Nenhum desses consta da sentença condenatória, assinada pelo juiz José Guimarães e Silva, em 24 de junho de 1835.

FONTE: Rubens de Mendonça, Historias das revoluções em Mato Grosso, edição do autor, Cuiabá, 1970, página 47.


30 de outubro
 

1864 – Coimbra esperando ataque paraguaio

De Corumbá, o comandante da flotilha de Mato Grosso em ofício ao presidente da província, relata a situação de Coimbra, às vésperas do ataque paraguaio ao forte:

“A 30 do mês findo cheguei aqui de volta do Forte de Coimbra, para onde fui conduzindo o batalhão de artilharia da província. Provavelmente V. Exa. terá recebido uma participação circunstanciada do estado daquele forte, assim como de outras diligências procedidas pelo exmo. Sr. Comandante das Armas, que comigo regressou no mesmo dia; todavia direi à V. Exa. que não é satisfatório o estado do dito forte, contudo pode resistir aos navios do Paraguai e defender-se talvez de seus ataques por terra. O exmo. sr. Comandante das Armas determinou alguns melhoramentos e serviços que entende serão de vantagem, e pretende fortificar a antiga posição da Marinha em frente ao mesmo forte, de modo que, cruzando os fogos, se auxiliem mutuamente.”
  


FONTEJorge Maia, A invasão de Mato GrossoBiblioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro, 1964, página 37.


30 de outubro

1930 - Nasce em Aquidauana Nelson Trad





Filho de Assf e Margarida Macksoud Trad, nasce em Aquidauana, Nelson Trad. Aos 12 anos em Campo Grande, conclui o curso ginasial no Colégio Dom Bosco. Em 1950, no Rio de Janeiro, faz o Científico (ensino médio) no Internato Irmãos Maristas. Em 1953 ingressa na Faculdade de Direito do Catete, destacando-se na política estudantil, com presidente da AME - Associação Matogrossense de Estudantes, do centro acadêmico de seu curso de Direito e da UME- União Metropolitana de Estudantes.

Conclui o curso de Direito em 1957 e retorna a Campo Grande, onde passa atuar com advogado criminalista e a dedicar-se às atividades partidárias, como filiado do PTB. Em 1959 elege-se vereador e em 1962, vence a eleição de vice-prefeito de Campo Grande, numa dobradinha com o PSD, de Antonio Mendes Canale. Naquele tempo as eleições para prefeito e vice eram separadas e Nelson Trad superou a votação do titular da chapa.

Cassado em 1964 pelos militares, Nelson Trad voltaria à vida pública em cargo eletivo somente em 1982, quando se elege deputado estadual pelo PDS, reelegendo-se em 1986. Em 1990 vence sua primeira eleição para deputado federal, reelegendo-se sucessivamente até 2006. Em 2010 encerra a carreira política, tendo como sucessor seu filho caçula, Fábio Trad.

Casado com Terezinha Mandetta Trad, seus três filhos, em 2018, estavam em posições de destaque na política do Estado. Nelson Trad Filho, duas vezes prefeito de Campo Grande (2004-2012), elegera-se Senador da República em 7 de outubro. Fábio Trad, na mesma eleição, reelege-se deputado federal e Marcos Trad, depois da vereança e de dois mandatos de deputado estadual é o prefeito de Campo Grande (eleito em 2016). O neto, Otávio Trad é vereador em Campo Grande.

Nelson Trad faleceu em 7 de dezembro de 2011.

FONTE: Oscar Ramos Gaspar, Nelson Trad uma vida pra valer, Editora Letra Livre, Campo Grande, 2018.



30 de outubro

1999 - Assassinada prefeita de Mundo Novo 




Aos 36 anos é morta a tiros a prefeita de Mundo Novo, Dorcelina de Oliveira Folador (PT). O crime, ocorreu à noite, na varanda de sua casa, no bairro Copagril. Usando uma escada, o assassino ultrapassou o muro e a atingiu com seis disparos, pelas costas. Ligada aos movimentos populares do município, Dorcelina, antes de entrar na política, atuou como repórter junto ao MST, tendo sido ainda comerciante e professora.


Depois de perder duas eleições para a vereança, elegeu-se prefeita no pleito de 1996 e administrou o município com rigorosa observância aos princípios de justiça e moralidade pública, o que veio a contrariar seus opositores e a resultar em sua morte prematura e traiçoeira.¹

A Folha de S.Paulo dá detalhes do assassinato:

"Dorcelina estava sentada na varanda da residência, na rua Marechal Floriano Peixoto, 52, no bairro Copagril, quando foi atingida. Morreu na hora.


O autor dos tiros usou uma pistola automática calibre 380. Para fazer os disparos, ele subiu em uma escada em um terreno vizinho abandonado para transpor um muro de 1,8 metro. Os tiros aconteceram de uma distância de aproximadamente três metros.
A polícia não acredita que ele tenha agido sozinho, apesar de ninguém ter testemunhado a fuga dos criminosos.

O marido, Cezar Folador, 44, estava na edícula da casa no momento do assassinato. As filhas, Jéssica Winnye, 8, e Indira Meirieli, 4, vendo televisão.

Folador afirmou que, quando ouviu os disparos, correu em direção à mulher, mas já a encontrou morta. Depois, foi até as filhas e telefonou para o irmão, Itamar Folador, avisar a polícia, "porque no desespero eu não lembrava o número".²

Acusado por sua morte, numa investigação muito questionada à época, foi condenado a 18 anos de reclusão, Getúlio Machado, que confessou o crime e entregou o mandante, Jusmar Martins da Silva, secretário de Agricultura da prefeitura, nomeado pela vítima, de quem era amigo e correligionário. Pela execução, o pistoleiro confessou que receberia R$ 35.000. Foram ainda condenados, além do mandante, Valdemir Machado, Ismael Neura e Roldão Teixeira de Carvalho

Ao velório de Dorcelina compareceram as mais expressivas lideranças do PT, como o presidente de honra do partido Luis Inácio Lula da Silva e o governador do Estado Zeca do PT.

Entre as homenagens à Dorcelina há um assentamento rural com seu nome em São Gabriel do Oeste e ruas em Mundo Novo e Campo Grande.


FONTE: ¹Revista In Mundo Novo, maio de 2016, ²Folha de S.Paulo (online) 31/10/1999.


 

29 de outubro

 29 de outubro

 
1553 – Cabeza de Vaca chega a porto dos Reis





O navegador espanhol Álvar Nuñes Cabeza de Vaca, em sua viagem de exploração ao Pantanal, chega ao Porto dos Reis, na laguna de Xaraés, “onde os nativos já estavam à espera, acompanhados de suas mulheres e filhos”.

“Ali, diante da boa vontade dos nativos, o adelantado fez toda uma pregação, pedindo-lhes que aceitassem a doutrina cristã, acreditassem em Deus, criador do céu e da terra, e que aceitassem ser vassalos de Sua Majestade, pois com isso seriam sempre defendidos e amparados pelos espanhóis. Além disso, sendo bons, receberiam sempre muitos presentes, como recebiam aqueles que eram fiéis seguidores de Sua Majestade. E logo mandou chamar os religiosos e clérigos de disse-lhes que queria que construíssem de imediato uma igreja para ali ser rezada missa e outros ofícios religiosos, para conforto dos cristãos e exemplo para os nativos. Mandou também fazer uma cruz de madeira muito grande, que mandou fincar junto à ribeira, debaixo de umas palmeiras muito altas, o que foi feito em presença dos oficiais de Sua Majestade e de outras pessoas. E perante o escrivão da província tomou posse da terra em nome de Sua Majestade, como sendo terra novamente descoberta”.


FONTE:  Marco Rossi, Viajantes do Pantanal- Séculos XVI a XX, Fundação de Cultura de MS, Campo Grande, 2002,  página 16



29 de outubro

1918 - Gripe espanhola: governo instala barreira sanitária no Amolar

Para prevenir a capital do Estado da entrada da gripe espanhola que grassava em São Paulo, Rio de Janeiro e já chegava ao Estado, com o surgimento de casos em Campo Grande e Corumbá, o governo do bispo Aquino Correa autoriza a instalação de um posto sanitário na localidade de Amolar, município de Corumbá:

"Afim de instalar o posto sanitário que o Governo do Estado provisoriamente resolveu criar no lugar denominado Amolar, onde serão inspecionadas e desinfetadas as embarcações procedentes de Corumbá e postos de observação os respectivos passageiros, no caso de uma provável invasão do nosso Estado pela gripe epidêmica que atualmente está grassando com intensidade em S. Paulo e Rio de Janeiro, segue hoje, as 17 horas, pela lancha 13 de Junho, o Sr. Dr, Joaquim Amarante Peixoto de Azevedo, comissionado pelo governo para o desempenho dessa medida preventiva.

A S. S. foram expedidas instruções, assim como fornecidos pela nossa Repartição de Higiene a necessária ambulância e outros recursos, levando também o digno facultativo em sua companhia, um destacamento composto de 6 praças do exército e 6 ditos da força pública do Estado, que permanecerão naquele posto à sua disposição enquanto durar a comissão de que vai revestido".


FONTE: O Matto-Grosso, (Cuiabá), 31 de outubro de 1918


29 de outubro

1960 - Jânio vence eleição no Estado




Os candidatos apoiados pela UDN - União Democrática Nacional, venceram as eleições de 3 de outubro no Estado de Mato Grosso. Jânio Quadros, filho de Campo Grande, e ganhador no Brasil, obteve 54% dos votos válidos. Confira os resultados:

Para presidente da República- Jânio Quadros, 76.901 votos; Henrique Lott, 58.320 votos; Ademar de Barros, 7.289 votos; em branco, 7660 votos e nulos, 4.242 votos.

Para vice-presidente da República - Milton Campos, 60.147 votos; Jango Goulart, 59.171 votos; Fernando Ferrari, 14.749 votos; brancos, 15.273 votos e nulos, 4.925 votos.

Para governador - Fernando Correa da Costa,65.573 votos; Filinto Müller, 54.927 votos; Wilson Fadul, 21.678 votos; brancos, 5.498; e nulos, 6.505 votos.

Para vice-governador - Garcia Neto, 70.683 votos; Cicero de Castro Faria, 57.660; brancos, 23.383; e nulos, 2.721 votos.


No cômputo geral, Jânio Quadros obteve 48% dos votos, contra 32% dados ao marechal Teixeira Lott.



FONTE: Revista Brasil-Oeste (S.P), outubro de 1960, página 46.

FOTO: George Torok/O Cruzeiro/EM/D.A Press.



29 de outubro

1997 - Assassinado o radialista Edgar Lopes de Faria, o Escaramuça

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfwc4wzhFluZipTD3Vs_uY7k-bP389I2hM2PoMM8gY74zjXYxQj-8EaQf5g021C9-rJejgl4WgIlQRt60gJWXPlKmzbjk9KyoLmGTsy60ohE4hRV4EjXD9jxnv4WyGClRgy1iWDQoOGDc/s1600/Escaramuca.JPG
Publicação no primeiro aniversário da morte do Escaramuça


Vitima de emboscada, é assassinado em Campo Grande o radialista Edgar Lopes de Farias, 48 anos, conhecido como Escaramuça, nome de seus programas no rádio e na televisão. Os detalhes do delito estão num amplo relatório de Clarinha Glock para a SIP, Sociedade Interamericana de Imprensa, em 2000:
 

Como fazia sempre, Escaramuça havia saído de sua casa, no bairro São Francisco, em direção à Padaria Pão de Mel, localizada na Rua Amazonas esquina com a Rua Enoch Vieira de Almeida. Ali comprava os jornais do dia e tomava café. Falava com o proprietário do estabelecimento, Antônio Perciliano da Silva, e seguia para a Rádio Capital FM, a umas seis quadras adiante. À tarde, apresentava o programa Boca do Povo, de 40 minutos de duração, na televisão filiada à Rede Record.

Escaramuça e Perciliano se conheciam havia cerca de três anos, e tinham se aproximado pelo interesse comum, que era a política. Naquele dia, o radialista estava atrasado para o programa que começava às 6h30min. Por isso, ao entrar na padaria, deixou o carro, um Ford Landau azul, com o motor ligado, pegou os jornais, tomou um café rapidamente e saiu em seguida. Ao contrário do que ocorria sempre, quando o padeiro o acompanhava até a porta, desta vez Escaramuça saiu sozinho em direção ao veículo que estava estacionado em frente ao prédio.

Nesse momento, provavelmente alguém o chamou. Ao se virar, Escaramuça recebeu o primeiro tiro, que o atingiu próximo à axila. O assassino avançou em sua direção e disparou mais cinco vezes com uma arma calibre 12. Quase ao mesmo tempo, uma pessoa, que estava na esquina, atirou duas vezes com uma pistola 765. Uma das balas da pistola acertou o pneu do Ford Landau. A segunda pegou numa revista que estava exposta na banca dentro da padaria. Segundo a polícia apurou, os assassinos fugiram num Corsa branco, quatro portas, sem placa.

As pessoas que estavam no local no momento do crime dizem que não tiveram tempo de ver ninguém. Na hora do tiroteio, tentaram se proteger. Uma das testemunhas, procurada pela SIP, falou que não daria declarações porque, se dissesse alguma coisa, cortariam o seu pescoço e o da repórter. A outra pediu: "Quero que me esqueçam. Na hora em que aconteceu a tragédia, eu me assustei e saí correndo, quem ficaria ali?

Em 2016, última atualização desta publicação, o crime do Escaramuça continuava insolúvel e o inquérito policial arquivado. A polícia não sabe quem o matou e nem quem mandou matá-lo. 

FONTE: Sociedad Interamericana de Prensa

28 de outubro

28 de outubro
 
1943 – Criada a colônia de Dourados


Casa padrão da nova colônia agrícola, fornecida aos assentados pelo governo


O presidente Getúlio Vargas cria a colônia federal de Dourados, o maior projeto público de colonização do Centro-Oeste brasileiro:

Decreto no. 5941 – de 28 de setembro de 1943


Cria a Colônia Agrícola Nacional ‘Dourados’, no Território Federal de Ponta Porã e dá outras providências.


O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o art. 180 da Constituição.


DECRETA:


Art. 1o. – Fica criada a Colônia Agrícola Nacional ‘Dourados’, no Território Federal de Ponta Porã (C.A.N.D.), na região de Dourados em terras a serem demarcadas pela divisão de terras e colonização do Departamento Nacional de Produção Vegetal do Ministério da Agricultura.


Parágrafo único – A área a ser demarcada não será inferior a 300.000 (trezentos mil) hectares.


Art. 2o – As despesas decorrentes das obras de fundação e instalação da Colônia, correrão por conta da dotação de Cr$ 2.000.000,00 (dois milhões de cruzeiros) atribuída à Colônia de Mato Grosso, compreendida na Verba 5 – Obras, desapropriação, etc. Consignação I – Obras – Subconsignação 02 – Prosseguimento e conclusão de obras, etc. 21) D.N.P.V. – 04) D.T.C. – a) Prosseguimento de obras das Colônias Agrícolas Nacionais – d) Mato Grosso, do orçamento geral da União para o corrente exercício e observadas as disposições do Decreto-lei no. 5.562, de 09-06-1943.


Rio de Janeiro, 28 de outubro de 1943, 122o da Independência e 55o da República.



Getúlio Vargas

Apolônio Sales.



O evento foi destaque na imprensa nacional:

O presidente da República acaba de baixar decreto, na pasta da Agricultura, criando a Colônia Agrícola Nacional "Dourados", no Território Federal de Ponta Porã.

Segundo informações obtidas com o diretor da Divisão de Terras e Colonização do Ministério da Agricultura, engenheiro José de Oliveira Marques, a nova colônia faz parte do plano traçado pelo presidente Getúlio Vargas para a conquista dos nossos sertões fracamente povoados, sendo o segundo núcleo criado na faixa de fronteira do Brasil. O do Paraná denominado "General Osório", foi o primeiro. Declarou o referido diretor que a nova Colônia Agrícola Nacional terá no mínimo 300 mil hectares de terras, abrangendo uma região compreendida entre os rios Ivinhema, Brilhante e Dourados. Serão ali localizadas 4 a 5 mil famílias, no mínimo. O Ministério da Agricultura construirá, imediatamente uma rodovia de cerca de 50 quilômetros, para ligar um ponto central da região da colônia a outro da Estrada de Ferro Campo Grande - Ponta Porã, em construção. Foi destinada uma verba de 2 milhões de cruzeiros para os trabalhos iniciais, que serão atacados com toda urgência possível, conforme recomendação do ministro Apolônio Sales.

A Divisão de Terras e Colonização já está tomando as providências necessárias para a organização do pessoal e aquisição de material destinado à colônia.

A região de Dourados é rica em ervais e suas terras prestam-se a quase todas as culturas. A colônia será feita, primeiramente, com habitantes locais, que receberão do governo toda a assistência técnica, econômica, social e médica.                                        

FONTE: Lori Gressler e Lauro J. Swensson, Aspectos Históricos do Povoamento e da Colonização do Estado de Mato Grosso do Sul, edição dos autores, Dourados, 1988; Correio da Manha, Rio de Janeiro, 30 de outubro de 1943.

FOTO: Hédio Fazan


28 de outubro


2008 - Morre em Campo Grande o frei Gregório de Protásio Alves




Nascido David Bonato em 1915, na cidade gaúcha cujo nome adotaria no sacerdócio, morre em Campo Grande, vítima de complicações cardíacas, frei Gregório.Aos 12 anos ingressa no seminário de Veranópolis. Em 1934, aos 19 anos, professa os votos da Ordem Franciscana, escolhendo o seu novo nome. Em 28 de março de 1937 recebe a ordenação sacerdotal no Convento de Marau, em Garibaldi (RS). 

Em 1956, após passar por diversas paróquias no Rio Grande do Sul e interior de São Paulo, muda-se para o Sul de Mato Grosso. No ano seguinte, assume a paróquia de Nossa Senhora Aparecida em Maracaju, onde permaneceu por três anos, quando foi designado para a função de Superior da Ordem dos Capuchinhos em Campo Grande. 

A 13 de maio de 1962, finca o cruzeiro e lança a pedra fundamental da igreja de Fátima, no Monte Líbano, que viria a ser sua obra mais relevante. A o templo da igreja matriz de Nossa Senhora de Fátima foi solenemente inaugurado a 13 de maio de 1974.

Músico, poeta e ecritor, Frei Gregório ocupou uma cadeira na Academia Sul-matogrossense de Letras.


FONTE: Reginaldo Alves de Araújo, Frei Gregório de Protásio Alves, um homem de Deus em Campo Grande, Associação de Novos Escritores de MS, Campo Grande, 2004.


  

30 de junho

  30 de junho 1791  –  Guaicurus recebem carta patente Guaicurus, os senhores do Pantanal Os chefes guaicurus Queima e Emavidi Xané são agra...