14 de outubro
1850 - Governo paraguaio cerca e destrói forte brasileiro em construção
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Fecho dos Morros, rio Paraguai |
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Mais de 600 homens sob as ordens do presidente Carlos Lopes, do Paraguai, atacam e cercam a construção de um forte, iniciado pelo governo de Mato Grosso no local denominado Fecho dos Morros, no rio Paraguai, iniciada a 29 de junho. A obra apanhou de surpresa o governo do país vizinho, "bem como o representante brasileiro em Assunção, que passado algum tempo do projeto de Fecho dos Morros, dele não mais se falando, nada sabia. De Assunção, aprestam-se tropas paraguaias para subirem o rio, apesar de o representante brasileiro pedir ao governo paraguaio esperasse uma tomada de posição junto ao seu governo, para saber o que realmente se passava. E conhecido o ponto de vista do gabinete imperial, o ataque paraguaio ao Fecho dos Morros não teria acontecido, porque a pequena tropa do tenente Francisco Bueno da Silva teria saído em boa paz, sem dar início ao forte."
FONTE: Acyr Vaz Guimarães, Mato Grosso do Sul, sua evolução histórica, Editora UCDB, Campo Grande,1999, página 99.
14 de outubro
1877 – Inaugurada igreja de Corumbá
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Igreja da Candelária em Corumbá |
Construída em tempo recorde é entregue à população a igreja da Candelária, uma das mais antigas do Sul de Mato Grosso:
“Ata da inauguração da Igreja. Aos quatorze dias do mês de outubro de hum mil oitocentos e setenta e sete, qüinquagésimo sexto da Independência do Império nesta vila de Santa Cruz de Corumbá, província de Mato Grosso e Bispado de Cuiabá, em sede foi com a toda solenidade na forma do ritual romano, inaugurada a nova igreja paroquial da Candelária, sendo benta pelo pregador imperial e vigário frei Mariano de Bagnaia, canonicamente habilitado e dedicada a Deus e à Nossa Senhora da Candelária, que é o seu orago. Esta igreja foi construída com as doações do povo, sendo a obra dirigida por alguma comissão composta dos senhores reverendo pregador imperial frei Mariano de Bagnaia, protetor da devoção ou irmandade, engenheiro tenente-coronel dr. Joaquim da Gama Lobo D’eça, provedor da mesma e tesoureiro João Poupino Caldas, os quais conjuntamente com mesa administrativa devota e espontaneamente celebrar a idéia de construir a dita igreja agenciam com assiduidade os meios com que se levou a efeito tão importante edifício que com quanto mero esteja de todo construído, presta-se com toda comunidade e decência a celebrar-se os atos do culto divino, nas condições da ata de vinte e cinco de maio do ano próximo passado, quando se colocou a primeira pedra fundamental. E para constar a todo tempo se lavrou a presente ata que vai assinada pelos membros da comissão, pelos irmãos, oficiais e mesário e mais pessoas, digo autoridades livres e mais pessoas do lugar, sendo lida logo depois da missa cantada. O secretário da irmandade dessa fará três cópias para serem remetidas à Câmara Municipal desta vila, à Câmara Episcopal e à presidência da província.”
FONTE: Frei Alfredo Sganzerla, A história do frei Mariano de Bagnaia, Edição FUCMT-MCC, Campo Grande, 1992, página 401
14 de outubro
1914 – Inaugurada estrada de ferro em Campo Grande
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Primeira estação ferroviária de Campo Grande |
Tida como uma das datas mais importantes da história de Mato Grosso, no que toca ao seu desenvolvimento econômico, sobretudo nesta região que em 1977 passaria a constituir o território de Mato Grosso do Sul, é, oficialmente entregue a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, cujos trilhos foram ligados a 31 de agosto, completando a obra, com o encontro das duas frentes de trabalho, de Itapura e Porto Esperança.
O trem inaugural chegou a Campo Grande por volta das 10 horas:
A fim de recepcionar a comitiva oficial que precedia à solenidade inaugural, o intendente municipal, sr. José Santiago, foi a Rio Pardo, acompanhado dos srs. dr. Silva Coelho, juiz de direito, José Paes de Faria, Pedro Romualdo e Miguel Garcia. Aquela ilustre comitiva compunha-se do dr. Carlos Euler, representante do sr. ministro da Viação, coronel José Beviláqua, representando o ministro da Guerra, senador Antônio Azeredo, general Caetano Albuquerque, deputado A. de Mavignier, drs. Firmo Dutra, Emílio Amarante, Hilário Adrião e os jornalistas C.S. Rutlindg do Times, Dário de Mendonça do Jornal do Comércio, do Rio, Macedo Soares de O Imparcial e Sílvio Cardoso, de a Época, além de outras pessoas gradas e convidados.
A Câmara municipal, reunida em sessão solene, recepcionou os visitantes, sendo os representantes do governo saudados pelo juiz de direito dr. Manoel Pereira da Silva Coelho. O senador Antônio Azeredo agradeceu em nome do governo e dos visitantes.
A ferrovia foi desativada em 10 de junho de 2015.
FONTE: J. Barbosa Rodrigues, História de Campo Grande, Edição do autor, Campo Grande, 1980, página 129
14 de outubro
1924 – Nasce em Miranda, Antonio Mendes Canale
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Senador Mendes Canale lê mensagem presidencial no Congresso |
Filho de Humberto Canale e Ilva Mendes Canale,nasce em Miranda, Antonio
Mendes Canale. Realizou seus primeiros estudos em sua cidade natal, concluindo o primário no Ginásio Estadual Dom Bosco, de Campo Grande. Em 1941 bacharelou-se em Ciências e Letras no Ginásio Dom Bosco. Em 1947 concluiu o curso de contador na Escola Técnica de Comércio Carlos de Carvalho. Bacharelou-se em Direito na primeira turma da Faculdade de Direito de Mato Grosso, em Cuiabá. Deputado estadual por duas legislaturas seguidas (1950/58); prefeito de Campo Grande em dois mandatos (1963/67 e 1970/73); e senador da República (1975/1983 e 1987-1991) chegou à 1a. secretaria do Senado. Faleceu em Campo Grande em 1º de junho de 2006.O terminal rodoviário de Campo Grande, inaugurado na gestão do prefeito Nelson Trad Filho, tem o seu nome.
FONTE: Orlando Mongelli, Antônio Mendes Canale, o político administrador público que se notabilizou pelos ideais democráticos, in Campo Grande, personalidades históricas (vol I), Fundação de Cultura de MS, Campo Grande, 2012, página 41.
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